A Semana de Moda de Milão foi palco de um verdadeiro espetáculo de estilo com a presença das estrelas brasileiras, Bruna Marquezine e Sabrina Sato no desfile de verão 2024 da Bottega Veneta, no último sábado, 22.
Foi a primeira vez que Bruna Marquezine e Sabrina Sato receberam o cobiçado convite para assistir ao desfile da prestigiada grife italiana. Bruna ocupou a primeira fila, ao lado da talentosa atriz de “The White Lotus”, Meghann Fahy.
Bruna Marquezine e Meghann Fahy. (Foto/Reprodução)
Bottega Veneta
A jornada da Bottega Veneta continua com o diretor criativo Matthieu Blazy, e aqui a coleção viaja literal e metaforicamente. Abrangendo uma série de influências de todo o mundo, tanto artificiais quanto naturais, há uma onda global de artesanato em movimento nesta temporada.
“Há uma necessidade de nos reconectarmos a um mundo primordial de animais, minerais e plantas. É como colecionar conchas – lindas, significativas ou sem sentido. Está ligada à beleza das pequenas maravilhas e maravilhas naturais. É abraçar algo de forma livre: são roupas sem códigos”, disse Matthieu Blazy.
Ideia de movimento
Modelos percorrem o mundo do espetáculo, atravessando continentes e oceanos, espalhados diante deles. Na coleção há uma busca pela inspiração através do deslocamento, das viagens e da imaginação, das alegrias às tribulações. Mais uma vez, os arquétipos dos personagens estão em movimento, em transformação, mutáveis e em movimento; viajando do ordinário para o extraordinário, não mais presos ao que foi feito pelo homem, eles começam a abranger o mundo primordial e natural naquilo que vestem.
Das silhuetas iniciais, à simplicidade dos trajes de banho tricotados quase de outra época, surge mais uma vez a noção de “trocar-se”. Há o abandono das roupas das temporadas anteriores que eles carregam em suas enormes bolsas de intrecciato e grandes malas, com o estilo empresarial se tornando algo totalmente mais subversivo.
Do trabalhador urbano sonhando em um trem à existência do náufrago na costa; os ombros fortes e construídos, os ternos sob medida dão lugar ao tecido caseiro, natural e primitivo. As noções de “traje nacional” tornam-se “traje internacional”, uma mistura de arquétipos de todo o mundo, nômades em humor e significado, às vezes usando bandeiras de lugares imaginários.
A apoteose da bugiganga de viagem existe nos acessórios: jornais de couro de todo o mundo que se transformam em bolsas Foulard; sapatos e bolsas de folhas tropicais, azul piscina, ráfia e corda estão longe de serem descartáveis, todos inicialmente feitos em couro altamente trabalhado; enquanto as Sardines intrecciato de cerâmica e de grandes dimensões assumem um aspecto quase de novidade neste contexto.
A simples maravilha de vestir-se sem limites é utilizada na coleção; de vestidos de conchas de cactos e náutilos, de flores, fogos de artifício e formações rochosas. O prazer pessoal de se vestir, de ser quem e o que você gostaria de ser, de viajar tanto na imaginação quanto no mundo através da roupa, é o que se busca e se conquista.
Foto destaque: Bruna Marquezine e Sabrina Sato. Foto/Reprodução