Quando se fala de tecnologia, logo pensamos em algo intangível, mas muito valorizado por grandes investidores de todo o mundo, e por isso grandes empresas e até mesmo startups procuram se desenvolver cada vez mais para serem pioneiros em suas áreas de atuação de alguma forma ou até mesmo surpreender com o aperfeiçoamento de utensílios digitais já feitos.
Grandes expectativas a respeito de lançamentos na maioria das vezes inovadores têm disparado as cotações da Apple, Microsoft e Tesla. O grande responsável por isso foi o estouro da inteligência artificial que com o índice da bolsa de valores do Estados Unidos (Nasdaq), que possui uma alta integração com empresas relacionadas a tecnologia, revelou uma maior relevância equiparado com índices mundiais, com um aumento acumulado de 34% até o final de agosto. Apesar disso, essa alta não refletiu no Brasil e o Ibovespa subiu apenas 5,47% no mesmo período.
Nasdaq, bolsa de valores dos Estados Unidos (Foto: Reprodução/Onze)
A empresa de Steve Jobs teve um aumento de 43% em suas ações até este momento em 2023, com o lançamento do Vision Pro, que são óculos de realidade virtual da marca. Já as ações do Google aumentaram em 54% e, em contrapartida, a Microsoft apontou um lucro de 37%. As altas porcentagem de ambas as empresas se deve ao empenho delas em serem líderes na inteligência artificial generativa, como o ChatGPT (Google) e o Bing (Microsoft).
Por sua vez, a Amazon se destacou com mais de 60% graças a existência considerável de armazenamento de dados em nuvem, componente decisivo na inteligência artificial. No entanto, uma das marcas mais bem sucedidas de automóveis, Tesla, apontou um crescimento surpreendente de 146% em virtude de seus protótipos de carros independentes (que não possuem motoristas para conduzi-los). Destaca-se também a líder no mesmo setor, Nvidia, com um crescimento de mais de 200% em suas ações em 2023 até o momento.
Empresas brasileiras que se destacaram em ações
Em relação ao Brasil, somente certas companhias alcançaram a relevância de forma positiva em 2023, como a Valid (97%), a Sinqia (84%) e a Enjoei (50%). Em contrapartida, as empresas Totvs e Locaweb obtiveram crescimentos razoáveis de apenas 3,90% e 2,80%. Porém, a maior parte das empresas enfrentou depreciações razoáveis, como Infracommerce (-50%), Livetech (-30%), Intelbras (-27%) e Dotz (-27%).
Motivos da disparidade entre ações nacionais e internacionais
A primeira razão é que as empresas nacionais investem menos em inteligência artificial do que as internacionais, pois as empresas de tecnologia estadunidense geralmente estão a frente quando se fala de inovação, enquanto o mercado tecnológico de inteligência artificial cresce e é adotada em diversos tipos de serviços, as empresas brasileiras apenas se preocupam de aplicar e distribuir esta tecnologia para os consumidores finais, ou seja, ela apenas replica o que foi inventado anteriormente, e também devido a grandes principais sedes de empresas ligadas a tecnologia estarem fora do pais.
O segundo ponto analisado são as altas taxas de juros, pois as companhias de tecnologia são mais suscetíveis a isto, visto que elas dependem constantemente de financiamento externo para que possam crescer futuramente. E por estas empresas de tecnologias muitas vezes estarem em estágio inicial de amadurecimento ou estarem focadas em aperfeiçoamentos de longo prazo, elas podem não gerar um retorno de forma rápida.
Outro motivo disso é a maturidade do mercado, visto que nos Estados Unidos os empresários estão mais acostumados com mercado tecnológico, pois esta esfera executa uma função essencial para a economia do pais. O setor entende a inconstância e as ameaças que envolvem a empresa e que na maioria das vezes exercem em um ambiente com alta pressão em relação a concorrência e submetida a aceleradas variações tecnológicas.
Foto destaque: Inteligência Artificial. Reprodução/hardware.com.br